O
engenheiro e o cafetão...
Eu
sou um engenheiro das palavras,não importa em qual área, sendo na
civil eu analiso suas estruturas, faço cálculos para que
futuramente estas não venham a ruir... sendo na química analiso
seus fragmentos, reações, sua genética, na mecânica faço uma
analise minuciosa de tudo o que a envolve, na produção me aprofundo
em levá-las a além do que elas mesmas podem esperar,sim as palavras
possuem expectativas,de aperfeiçoamento,conhecimento
modernização,mas elas sempre devem lembrar que a principal função
é me servir,e quando elas esquecem,passo a ser um cafetão das
mesmas...
Elas
estão aqui para me servir e para servirem aos leitores como seus
clientes,seu passado não me interessa,e tão pouco o que as colocou
nesta vida,faço delas o que quero,às vezes levam uns tapas para
verem quem é que manda,e mesmo assim as palavras são leais a mim.
Se
eu sou tão cruel ao mesmo tempo que sou tão benevolente,o que faz
com a fidelidade das palavras a mim seja cada vez maior?
Além
de ser engenheiro e cafetão eu sou um escritor,eu lhes dou vida,
sentido, companhia, funções e utilidades.
Autora:
Mayara Mendes
(vulgo
cordeira da insanidade)
